O momento da escolha de uma clinica de recuperação para dependentes químicos não é nada simples para a família ou para o próprio dependente químico que procura ajuda.
Os fatores que precisam ser considerados são muitos e muitas vezes, o medo que está envolvido no processo é tão grande, que as pessoas optam por tentar se livrar das drogas sozinhas, em casa, ou por não internar um familiar que está sendo fortemente prejudicado pelo uso indiscriminado de substâncias.
O medo é justificável.
Frequentemente, são divulgados na imprensa casos de tortura, cárcere privado, violência e ameaças em clinicas e casas de recuperação.
Nenhum ser humano deseja ver um familiar passar por alguma situação dessas e, principalmente, o adicto (próprio dependente químico), não deseja passar por isso.
Infelizmente, o fato de existirem clínicas clandestinas e que visam apenas o lucro, em detrimento da vida e da saúde dos seus pacientes, faz com que muitas clinicas sérias e idôneas percam a oportunidade de salvar vidas de pessoas que poderiam se internar voluntariamente em uma clínica de recuperação para dependentes químicos mas não fazem isso, por medo e insegurança.
Com tudo isso em mente, como saber qual clinica escolher? Como ter certeza que você ou seu familiar serão tratados com dignidade, respeito, profissionalismo e que o período de internação na clinica de recuperação para dependentes químicos não acarretará em mais traumas do que o próprio vício?
Felizmente, há meios de identificar boas clínicas e, abaixo, ajudaremos você a saber como fazer isso:
Analise a estrutura
Independentemente do que a clínica de recuperação para dependentes químicos para dependentes químicos apresente nos papeis, na prática, é preciso ter em mente que o paciente viverá na clínica por, no mínimo, 90 dias.
Sabendo disso, é preciso verificar se a clinica oferece uma estrutura compatível com a de uma casa, em que ele possa se sentir acolhido e confortável.
- Como são os banheiros? Quantos banheiros há na casa?
Sabendo que haverá certo número de pessoas internadas, há banheiros o bastante para que todos tenham privacidade, tempo e espaço para cuidar da higiene pessoal?
- Os quartos são individuais ou coletivos?
Sendo coletivos, quantas pessoas dormirão no mesmo ambiente?
- Como são as camas e os colchões?
- De quanto em quanto tempo as roupas de cama e de banho são trocadas e higienizadas?
- Quem são as pessoas responsáveis pela limpeza da casa? (Há clínicas em que os próprios pacientes realizam atividades simples como arrumar as camas, varrer, lavar a louça, mas o paciente não pode ser obrigado a fazer nada que não seja de extrema necessidade para seu tratamento e só deverá participar se concordar com isso).
- Como são as instalações elétricas? Há fios e instalações expostas?
- Como é a cozinha? As refeições são preparadas no local ou externamente?
- Os quartos possuem ar-condicionado ou ventiladores de teto?
- Como são armazenados os pertences dos pacientes? Possuem armários individuais?
- Há cantina para que o paciente possa comprar alimentos que deseje consumir?
Perguntas simples, como essa, podem, e devem ser utilizadas para determinar se a clínica oferece, ou não, um espaço em que o paciente possa se recuperar sem ser exposto a desconfortos desnecessários. Mas, não para por aí.
Para funcionar, uma clinica de recuperação para dependentes químicos precisa cumprir diversas regras e tanto o paciente quanto a família tem direito de solicitar informações sobre sua situação legal.